Por Leonel Mendes, jornalista da Agencia STP-Press
São Tomé (São Tomé e Príncipe), 24 Mai. 2022 (STP-Press) – O Governo de São Tomé e Príncipe decretou, esta terça-feira, o Estado de Calamidade, na Região Autónoma do Príncipe, até ao dia cinco de Junho, em virtude dos enormes danos causados pelas fortes chuvas que se abateram sobre essa parcela do território nacional na última segunda-feira.
O ministro da Presidência do Conselho de Ministros, Wuando Castro, que anunciou em comunicado a decisão tomada em reunião extraordinária do Conselho de Ministros, avançou que o Governo autorizou a transferência imediata de um milhão de Dobras, para o Governo Regional visando suprir as despesas imediatas.
“Durante a vigência da Situação de Calamidade, todas as ações, de base social, financeira e económica, serão coordenadas por um Comité de Crise, presidido pelo Primeiro-ministro e Chefe do Governo, integrando os Ministros das Infraestruturas e Recursos Naturais, do Planeamento, Finanças e Economia Azul, do Trabalho, Solidariedade, Família e Formação Profissional e o Presidente do Governo Regional”, esclarece o comunicado que apresenta solidariedade e apoio institucional aos afectados.
O comunicado informa ainda que uma Delegação governamental, chefiada pelo Primeiro-ministro, Jorge Bom Jesus e composta por alguns membros do Governo, deslocar-se-á à Região Autónoma do Príncipe, na próxima quinta-feira, para efetuar, in loco, visitas aos locais mais afetados e realizar uma reunião de trabalho com o Governo Regional, como forma de se definir, em conjunto, as próximas ações a serem concretizadas.
De acordo com o Governo Regional que alertou as autoridades a dimensão da catástrofe provocada pela chuva intensa, “várias comunidades ficaram com vias inacessíveis por força de erosão das rochas, como os casos de Bela Vista, Abade e de Aeroporto à Picão via Telelé. Inundação de várias comunidades, da cidade de Santo António e arredores”.
Para além de habitações inundadas e consequente destruição de bens, o Governo Regional informa sobre a total inoperância da bomba de combustíveis.
Recorde-se que em Dezembro, fortes chuvas causaram enormes prejuízos na ilha de São Tomé, com desabamento de pontes, obstrução de vias, destruição de residências entre outros bens móveis e imóveis.
LM
STP-Press/Fim
Fonte: São Tomé e Príncipe