São Tomé (São Tomé e Príncipe), 28 Ago. 2025 (STP-Press) – No âmbito da cooperação bilateral, Moçambique enviou para São Tomé e Príncipe quatro especialistas em Otorrinolaringologia, Ortopedia, Ginecologia e Cirurgia Geral para descongestionar a pesada lista de espera nos hospitais são-tomense, durante 15 dias.
A directora clínica do hospital Dr. Ayres Menezes, Bonanza Aragão, afirmou ser oportuna a presença de médicos moçambicanos, sublinhando que “temos grandes problemas em várias áreas médicas como no caso de Otorrinolaringologia onde não temos nenhum médico e há especialidades que temos apenas um”.
Agradeceu a equipa médica africana, que já operou dezenas de pacientes nas quatro especialidades médicas acima referidas elogiando a cooperação sul-sul como sendo “um processo que devemos continuar a promover”.
O único médico cirurgião são-tomense, Pascoal d’Apresentação e que por coincidência formou em Moçambique disse que, “além do apoio técnico eles trouxeram apoio material, como no caso das malhas que ajudam bastante na cirurgia e que carecem no país”.
Sendo a primeira presença de médicos moçambicanos no território nacional, este país do Índico tem sido uma das principais bases de formação de médicos especialistas são-tomenses, caso também de Celso Matos, actual ministro da Saúde como primeiro médico ortopedista.
O especialista moçambicano Jotamo Come apelou as autoridades nacionais a incentivarem o regresso dos médicos especialistas são-tomenses que depois da formação ficaram a trabalhar em Moçambique.
“O Dr. Pascoal esteve connosco em Moçambique. O país (São Tomé e Príncipe) tem de criar incentivos para que os colegas que vão formar em Moçambique, possam regressar e responder aos problemas da população. Temos muitos colegas são-tomenses que se formaram em Moçambique, e que estão lá, não voltam mais’’, pontuou Jotamo Come.
Segundo a directora clínica do Hospital Ayres de Menezes, para além dos quatro especialistas em missão durante 15 dias, o Ministério da Saúde de Moçambique enviou um médico especialista em ginecologia, que deverá permanecer em São Tomé e Príncipe durante três meses para colmatar a ausência no país de um especialista nessa área.
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STP-Press
Fonte: São Tomé e Príncipe