São-Tomé, 23 Set. 2025 ( STP-Press ) – São-Tomé e Príncipe espera ter o Tchiloli inscrito como o Património Mundial da Humanidade na UNESCO, em dezembro próximo, tal como admitiu esta segunda-feira, Sónia Carvalho, ponto focal da UNESCO no arquipélago.
“Se tudo correr bem em Dezembro São Tomé e Príncipe terá o seu 1º elemento inscrito, que é o Tchiloli e agora nesta fase e reforço de capacidade é no âmbito de preparação da próxima candidatura, se o pais assim entender apresentar” – disse Sónia Carvalho em declarações a imprensa.
O director-geral da cultura, Emir Boa Morte, que exerce também as funções de secretário da Comissão Nacional da UNESCO disse que “ Tchiloli enquanto património mundial da humanidade, São Tomé e Príncipe estará de parabéns com esta inscrição”.
Sónia Carvalho, ponto focal da UNESCO disse ainda que “ o património cultural e material quem é o possuidor desse elemento é a comunidade que a prática”, argumentando que “ se ela não estiver envolvida, então não vale a pena nós dizermos que trabalho está a correr bem”.
De acordo com dados do ministério da cultura, Tchiloli, também apelidado de “Tragédia do Marquês de Mântua” é uma manifestação cultural são-tomense apresentado em forma de teatro de rua com música e dança, inspirado numa originalidade portuguesa do século XVI baseado num texto escrito por Baltazar Dias, um dramaturgo cego, madeirense da escola de Gil Vicente (1465-1536).
Dados apontam que inspirado em seis romances castelhanos derivado do ciclo carolíngio do século XI, o Tchiloli conta a história de Dom Carloto, filho e herdeiro do imperador Carlos Magno que assassina o seu melhor amigo, Valdevinos, sobrinho do marquês de Mântua, durante uma caçada por se apaixonou por Sibila, a esposa de Valdevinos num cenário de um alegado crime que leva as duas famílias e os seus representantes a debaterem questões de lei, de justiça e de governação.
Fim/RN
Fonte: São Tomé e Príncipe