Angola prepara ligação rodoviária entre Cabinda e restante território nacional

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Angola está a mobilizar parceiros internacionais e instituições financeiras para viabilizar a construção de uma ponte rodoviária que ligará a província de Cabinda ao restante território nacional, um projecto há muito esperado e considerado essencial para a coesão territorial do país.

O anúncio foi feito pelo ministro das Obras Públicas, Urbanismo e Habitação, Carlos dos Santos, no âmbito da 3.ª Cimeira sobre Financiamento para o Desenvolvimento das Infra-estruturas em África, que decorre esta semana em Luanda. O encontro, que reúne ministros, parceiros técnicos e financeiros de vários países, visa atrair investimentos para acelerar o desenvolvimento de infra-estruturas estratégicas no continente.

Segundo o governante, a futura ponte para Cabinda representa um marco de integração territorial, com impacto directo na mobilidade de pessoas e bens, no fortalecimento da economia local e na redução da dependência das vias transfronteiriças, actualmente utilizadas para a ligação com o enclave.

“Estamos empenhados na procura de financiamento para garantir que este projecto saia do papel. Já mantivemos contactos com algumas instituições internacionais para troca de informações técnicas, mas ainda é prematuro avançar prazos concretos”, afirmou Carlos dos Santos.

Além da ligação a Cabinda, Angola tem em carteira outros projectos estruturantes de grande dimensão, como o Corredor Rodoviário do Lobito, que ligará as províncias de Benguela, Huambo, Bié, Moxico e Moxico-Leste, numa extensão de 1.350 quilómetros. O investimento previsto é de 2,2 mil milhões de dólares e faz parte de uma estratégia mais ampla de melhoria das ligações logísticas e comerciais entre o litoral e o interior do país.

O ministro explicou ainda que as infra-estruturas em desenvolvimento estão alinhadas com o objectivo de integração regional de África, reforçando as ligações com os países vizinhos.

“As barragens ligam Angola à Namíbia, enquanto as estradas a Leste estendem-se até à Zâmbia. Estes eixos estruturantes inserem-se num esforço continental de interconexão rodoviária e energética”, sublinhou.

Paralelamente ao sector rodoviário, o Executivo estuda também projectos nos sectores de Energia e Águas, Telecomunicações e Tecnologias de Informação, bem como Transportes, considerados vitais para sustentar o crescimento económico e melhorar a qualidade de vida das populações.

Com esta agenda, Angola reforça a sua visão estratégica de desenvolvimento integrado, procurando não apenas consolidar as suas infra-estruturas internas, mas também posicionar-se como um corredor logístico de referência entre o Atlântico e o interior do continente africano.

Fonte: Portal de Angola

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