Crise na FNLA: militantes ameaçam avançar com abaixo-assinado para destituição de Nimi-a-Nsimbi

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Um grupo de militantes de proa da FNLA ameaçou esta quinta-feira, 23, mergulhar o partido numa crise mais profunda que pode terminar com a destituição do presidente, Nimi-a-Nsimbi, caso este não convoque de forma urgente a Reunião Ordinária do Bureau Político suspensa desde 26 de Setembro último, devido a falta de consensos sobre os pontos da agenda, conforme divulgado na altura pela Rádio Correio da Kianda.

De acordo com a porta-voz do grupo, Suzana Paulo dos Santos Massukila, o presidente Nimi-a-Nsimbi está a agir deliberadamente para “ganhar tempo e evitar a sua destituição pelo Comité Central”, desrespeitando os estatutos do partido quanto à periodicidade das reuniões e ao funcionamento regular das estruturas”.

Os militantes de proa do partido dos Irmãos, afirmam que a soberania no seio da FNLA pertence aos militantes, e avisam que, caso o Bureau Político e o Comité Central não realizem os encontros ordinários, até 20 de Novembro próximo, avançarão com um abaixo-assinado para destituir o líder.

“Nós, militantes da história da FNLA, estamos preocupados e afastados com a estagnação do partido e a não continuidade da reunião do BP. Da reunião do BP deverá sair a data e a agenda do Comité Central (CC), órgão competente para aprovar relatórios e definir o rumo político da organização”, afirmou.

De acordo ainda com os militantes, a falta de actividade política e a exclusão de membros críticos têm alimentado tensões entre as bases e as direcções provinciais.

Já o presidente do partido, Nimi-a-Nsimbi, disse em jeito de reacção que desconsidera todas estas declarações pelo facto de os mesmos não fazerem parte de órgãos de direcção da FNLA.

Nimi-a-Nsimbi disse até ao momento da entrevista que o secretário-geral do partido, Aguiar Laurindo, estaria num encontro com os demais membros de direcção para concertação sobre o reagendamento de uma data da reunião ordinária do Bureau Político e do Comité Central.

“Eles não podem destituir o presidente” vincou Nimi-a-Nsimbi.

Fonte: Portal de Angola

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