Embora ainda não tenha anunciado a sua renúncia, o presidente de Madagáscar fugiu do seu país na noite desta segunda-feira, 13, segundo disse, “para proteger a própria vida”, após uma unidade das Forças Armadas aplicar um Golpe de Estado. A questão é que Andry Rajoelina é também o Presidente rotativo da Comunidade de Desenvolvimento da África Astral.
Rajoelina assumiu a presidência rotativa da SADC em Agosto de 2025, com mandato vigente até o mesmo mês de 2026, gestão esta comprometida agora com o seu exílio forçado.
Conforme o Correio da Kianda noticiou anteriormente, Rajoelina terá sido retirado do país a bordo de um avião militar francês, após um entendimento com o seu homólogo, Emmanuel Macron.
Desde o último dia 25 de Setembro, que o Madagáscar vive uma vaga de protestos inicialmente motivados por cortes de água e de electricidade, que evoluíram para contestação ao poder. No sábado, 11, uma unidade do exército com papel histórico em anteriores crises políticas, composta por elementos do CAPSAT, declarou apoio aos manifestantes e apelou à desobediência.
O movimento revelou divisões internas nas Forças Armadas e levou o Presidente a afirmar que estava em curso uma tentativa de tomar o poder pela força.
Os protestos continuam a aumentar e mantêm-se concentrados na capital. De acordo com informações apuradas pela Rádio Correio da Kianda, a juventude, organizada através das redes sociais, é a principal força do movimento.
Porém, a oposição ainda não apresentou uma alternativa, enquanto a comunidade internacional acompanha a crise com preocupação.
A União Africana apelou ao diálogo e à contenção, e a União Europeia e França sublinharam a necessidade de respeito pela ordem constitucional.
Até o momento, a SADC ainda não se manifestou sobre o assunto.
Madagáscar: Presidente Rajoelina dissolve parlamento e agrava crise no país
Fonte: Portal de Angola