No Madagáscar, o governo militar nomeou esta terça-feira, 28, um gabinete composto principalmente por ministros civis e inclui vários críticos proeminentes do presidente deposto Andry Rajoelina.
De acordo com informações apuradas pelo menos 4 dos 29 membros do gabinete são oficiais militares ou paramilitares, sendo que foram nomeados para os ministérios das forças armadas, segurança pública, planeamento territorial e gendarmaria
As novas nomeações de civis que tem estado a acalmar a tensão política no Madagáscar, acontece pouco tempo depois de o empresário e consultor Herintsalama Rajaonarivelo ter sido igualmente nomeado o novo primeiro-ministro do país.
As nomeações desta terça-feira, 28, marcam um momento-chave na turbulência política do país, à medida que os militares consolidam o poder.
O novo governo terá a tarefa de lidar com a escassez crónica de energia e água que desencadeou os protestos, bem como desafios económicos mais amplos.
Referir que o novo governante militar, coronel Michael Randrianirina, foi empossado como presidente na sexta-feira, depois de assumir o controlo do país no início deste mês, após semanas de protestos liderados por jovens que forçaram a saída de seu antecessor.
Randrianirina disse que um comité liderado pelos militares governará por até dois anos ao lado de um governo de transição até que novas eleições possam ser organizadas.
Rajoelina, que sofreu impeachment por legisladores depois de fugir para o exterior, recusou-se a renunciar enquanto estava no exílio, apesar de o Supremo Tribunal Constitucional ter ratificado o novo governo.
Fonte: Portal de Angola