São Tomé, 13 Ags 2025 ( STP-Press ) – A saída crescente de jovens de São Tomé e Príncipe continua a ser um desafio que preocupa as autoridades e sociedade civil, os dados recentes apontam que a maioria dos migrantes são jovens com idade entre os 15 e 29 anos, em que muitos estão a busca de oportunidades que segundo especialistas apontam falta de oportunidades.
Calisto Nascimento, diretor do Instituto da Juventude, afirmou que, “muitos enfrentam hoje o desemprego, exploração dificuldade para estudar, falta de moradia digna, infelizmente, em vez de enviarem apoio a família, precisam receber apoio que ficou cá, um sonho que se inverteu”.
“De acordo com o recente relatório do Banco Mundial, quase 20% da população são-tomense vive fora do país”, disse Calisto Nascimento que lembrou que, “especialmente em Portugal, as remessas são muito baixas e não geram impacto económico que esperávamos, isso mostra que muitos dos nossos imigrantes não conseguem estabilidade financeira, e é isso que nós precisamos mudar”.
“A migração nas múltiplas formas e motivações representa uma escolha e decisão individual, mas a sua intensificação acarreta impactos e desafios significativos para os estados, nos países de origem os processos migratórios contribuem para a perda do capital humano e o enfraquecimentos dos sectores estratégicos como, a saúde, agricultura, educação, administração pública e construção civil”, disse Calisto Nascimento, diretor do Instituto da Juventude.
Ilza Amado Vaz, Ministra dos Negócios Estrangeiros Cooperação e Comunidade, no seu discurso reconheceu que migração “acresce ainda o fenómeno como a desintegração familiar o envelhecimento populacional e desequilíbrio social com repercussões negativa na estabilidade e no desenvolvimento sustentável do país”.
Segundo o Primeiro-ministro, Américo Ramos, disse que, “a imigração não deve ser analisadas apenas sobre a ótica da mobilidade ou a liberdade individual, é essências trata-la com uma questão estratégica desenvolvimento nacional, com uma abordagem humana, integrada e preventiva, a migração deve ser uma escolha consciente e nunca a única saída face à falta de prospectiva”.
O fenómeno “migração”, traz riscos, como exploração laboral, e reforça a necessidade de políticas que invistam em formação, empreendedorismo e criação de empregos, segundo líderes, é tornar a migração uma escolha segura e benéfica, e não a única alternativa para o futuro.
Fim/ JS
Fonte: São Tomé e Príncipe