Embaixada da China em São Tomé diz que visita de Nancy Pelosi a Taiwan pode levar a consequências muito graves

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Por Leonel Mendes, jornalista da Agencia STP-Press

São Tomé (São Tomé e Príncipe), 03 Ago. 2022 (STP-Press) – O Encarregado de Negócios Interino e Conselheiro Político da Embaixada da República Popular da China em São Tomé e Príncipe, Hu Bin, reagiu esta terça-feira a visita da Presidente da Câmara dos Representantes dos EUA, Nancy Pelosi, a Taiwan, considerando que este acto prejudica gravemente as relações China-EUA, levando a situações e consequências muito graves.

Num pronunciamento feito na Embaixada da China, em São Tomé, Hu Bin avançou que a acção praticada pela terceira alta autoridade do Governo dos EUA, prejudica seriamente a soberania e a integridade territorial da China, atropela desenfreadamente o princípio de “Uma Só China”, representando uma “ameaça de grande escala a paz e a estabilidade no estreito de Taiwan”.

O diplomata chinês adianta que o seu país adverte os EUA de que o Exército de Libertação Popular (ELP) está em alerta máximo e que “nunca ficará de braços cruzados e certamente tomará contramedidas resolutas e fortes para defender sua soberania e integridade territorial”.

Apelou para que os EUA honrem os compromissos bilaterais entre China-EUA de não apoiar a independência de Taiwan, lembrando que em 1971, a Assembleia Geral das Nações Unidas aprovou a Resolução Nº2758, tornando claro que existe apenas uma China no mundo.

“Taiwan não é um Estado soberano, mas uma parte da China, e o Governo da República Popular da China é o único Governo legítimo que representa a China”, afirma Hu Bin.

Acusou ainda os Estados Unidos de estarem constantemente a distorcer e esvaziar a política da “Uma Só China”, tentando usar a “carta de Taiwan” para interromper e dificultar o processo de desenvolvimento da China.

Alertou os EUA para não subestimarem a forte determinação e capacidade dos 1,4 bilhão de chineses em defenderem a soberania nacional e a integridade territorial.

O diplomara diz que a República Popular da China não compreende a ambiguidade nas posições dos EUA, mais ainda porque os dois países quando estabeleceram relações em 1979, as administrações dos EUA, “incluindo a actual, afirmaram claramente que se mantinham fieis à política de Uma Só China, reforçado no Comunicado Conjunto China-EUA sobre Estabelecimento das Relações Diplomáticas e o Comunicado de 17 de Agosto que clarifica que “os Estados Unidos da América reconhecem o Governo da República Popular da China como o único Governo legal da China”.    

Por outro lado, um empresário chinês em São Tomé, Yang Bin, falando sobre esta realidade, considera que “Taiwan é uma província de China e que a visita de uma líder dos Estados Unidos da América a este território deixa todo o povo chinês descontente”.

Yang Bin, acompanhado de outros representantes da comunidade chinesa no país diz ainda esperar uma reação das autoridades do seu país e que “Taiwan volte à administração chinesa dentro de pouco tempo”.

Fim/LM

STP-Press

Fonte: São Tomé e Príncipe

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