Presidente da República insta o governo a proceder com a maior celeridade possível na questão do acordo militar com a Rússia

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São-Tomé, 13 Mai 2024 (STP-Press) – O Presidente da República, Carlos Vila Nova, disse à imprensa que não crê que haja motivos para preocupação para os países amigos, face ao acordo militar assinado em Abril último na cidade de São Petersburgo entre São Tomé e Príncipe e a Rússia.

O Chefe de Estado fez esta declaração este domingo (12) à saída da Igreja de Bombom, onde participou na missa de celebração do Dia de Fátima, quando interrogado pela imprensa sobre as reacções de países amigos sobre o referido acordo.

“Não creio que haja motivos para preocupação para países amigos, porque quando se é amigo compreende-se, acompanham-se os amigos”- disse Carlos Vila Nova, sublinhando que “se existe razão de preocupação, de cidadãos, de parceiros, também é um assunto que se resolve”.

E sobre a hipótese de crispação nas relações diplomáticas com alguns países por causa deste acordo, o Presidente da República respondeu que “não é nada que a cooperação não resolva”, acrescentando que cabe aos dirigentes do país e dos outros países parceiros encontrarem mecanismos que evitem esse tipo de situações.

Interrogado sobre a eventualidade de navio da guerra russo estar nas águas do Golfo da Guiné juntamente com navios de países da NATO, Vila Nova disse que são hipóteses, que “eu não conheço e não sei se acontecerá”, cabendo São Tomé e Príncipe e os parceiros evitar que haja “colisões”, e que é uma questão que se pode gerir. “Portanto, vamos levar as coisas com a necessária calma”, referiu o Chefe de Estado.

“O que interessa mesmo é protegermos a sub-região, esta zona do Golfo da Guiné que é a mais fustigada do mundo, quer em relação ao tráfico marítimo, quer em relação à pirataria. Temos que ter atenção ao terrorismo, portanto, todos os apoios, todos os actos de cooperação serão bem-vindos”- sustentou.

O Presidente da República disse ter tido conhecimento da assinatura do acordo, e que é da “competência dos governos assinar acordos”.

“Parece-me que a forma pode suscitar alguma divergência de opinião, e é, por isso, que eu daqui neste local de paz, de tranquilidade espiritual, insto o governo a proceder com a maior celeridade possível para cumprimento das etapas subsequentes”, pediu Carlos Vila Nova, acrescentando: “Essas etapas podem ajudar até a esclarecer a situação, portanto, aí não vejo existência de qualquer problema. Cumprindo-se as etapas transmite-se a documentação aos outros órgãos que devem ser envolvidos, e penso que teremos toda a situação esclarecida e não haverá problema nenhum”, considerou.

Questionado sobre quais os órgãos estaria a citar, Carlos Vila Nova foi peremptório em responder “Assembleia Nacional”, sublinhando que “há acordo e outro tipo de documentações que até chegam ao Presidente da República, não sei, se é o caso deste”.

Carlos Vila Nova explicou que o acordo na área da defesa e segurança assinado com a Rússia deve-se ao facto de a Rússia ser “um parceiro de São Tomé e Príncipe com relações diplomáticas desde que elas existem e sem interrupções e a principal área de cooperação sempre a defesa e segurança, assim como temos com outros países”.

Fim/RN

 

Fonte: São Tomé e Príncipe

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