São-Tomé, 26 Set. 2025 ( STP-Press ) – O Primeiro-ministro, Américo Ramos no seu discurso nas Nações Unidas, defendeu a resolução pacifica dos conflitos espalhados pelo mundo, incluindo o Israel-Palestino, exortou o fim restrições económicas a Cuba e, entras questões, apelou apoio as reformas em curso em São Tomé e Príncipe.
“Reiteramos o nosso apelo a uma solução pacífica e duradoura para o conflito Israel-Palestino, baseando na coexistência de dois Estados, com fronteiras seguras e internacionalmente reconhecida”, disse Américo Ramos no seu discurso.
O Primeiro-ministro são-tomense sublinhou que “apelamos a comunidade internacional para que intensifique o apoio as iniciativas africanas de paz e segurança, respeitando sempre a liderança endógenas”.
Para Américo Ramos “o desenvolvimento precisa de um contexto de paz e segurança, assistimos com profunda preocupação a proliferação de conflitos em diversas regiões do mundo desde Ucrânia, passando pelo Sahel, pelos Grandes Lagos e o Corno da África”.
“Nesse sentido somos pela resolução pacífica de todos esses conflitos porque só o calar das armas permite um clima em que se possa falar de um futuro melhor com paz e desenvolvimento para todos esses povos e países”, concluiu o chefe do Governo.
Américo Ramos disse que “São Tomé e Príncipe condena veemente todas as formas de violência e agressão, somos pelo respeito integral do direito internacional e da carta das Nações Unidas”.
O Primeiro-ministro acrescentou que “São Tomé e Príncipe manifesta igualmente a sua profunda preocupação pela persistente inobservância dos apelos pela comunidade internacional para o levantamento das medidas restritivas económicas, financeiras e comerciais imposta a República de Cuba”
“São Tomé e Príncipe reafirma solenemente o seu compromisso inabalável com os princípios fundamentais de não ingerência nos assuntos internos dos Estados soberanos e do respeito pela integridade territorial”, sustentou
Quanto a reforma estrutura da ONU, Américo Ramos disse que “precisamos de uma organização das Nações Unidas revitalizada mais ágil e mais representativa da diversidade do mundo actual”.
“Apoiamos a reforma do Conselho de Segurança para que reflita realidade geopolítica do seculo XXI e que inclua pelo menos um assento permanente para o continente africano”, defendeu.
Por outro lado, Américo Ramos disse que “do ponto de vista interno, estamos empenhados na consolidação da paz e da estabilidade, condições essenciais para o nosso progresso”.
A esse propósito, Américo Ramos afirmou que “encontra-se em curso uma reforma do sistema de segurança e defesa orientada para modernização institucional, a capacitação técnica e construção de sector mais eficaz transparente e resiliente numa logica preventiva de conflito”.
“Contudo tratar-se de um processo exigente que requere a cooperação dos nossos parceiros internacionais, tanto no plano técnico como financeiro para garantir o seu sucesso”, sublinhou.
Tendo declarado que “o nosso percurso democrático que se tornou uma referência na nossa sub-região é marcado pela realização regular …das eleições livres, transparentes”, Américo Ramos afirmou que “acreditamos que a democracia é um pilar fundamental para o desenvolvimento sustentável e paz duradora”.
“Somos um exemplo que mesmo com recursos limitados é possível construir uma sociedade aberta e tolerante e semear esperança e um futuro melhor”, acrescentou.
Fim/RN
Fonte: São Tomé e Príncipe